Ritual de Aterramento

por  Frater Pedreira – autor convidado

AVISO: Todas as manifestações expressadas nesse texto são de inteira e exclusiva responsabilidade do autor. A equipe do Práxis Mágicka não se responsabiliza nem se vincula às ideias, condutas e práticas expressas nos textos ou de seu Autor.

Hoje aproveito esse espaço tão carinhosamente cedido para dividir com vocês um ritual simples, mas que vem se comprovando bastante útil para as suas práticas mágicas: O Ritual de Aterramento.

Com certeza vocês já devem ter ouvido falar sobre ele, vez que são fartos os textos sobre na internet, ainda mais porque a capacidade de se limpar ser um dos pontos básicos para o magista. O objetivo desse texto é apresentar o ritual com a minha singela visão e com o compartilhamento das minhas experiências pessoais, relatos de amigos e pessoas que atendi nessa jornada mística que me dedico há uns anos.

Acredito que seja desnecessário dizer, mas esse ritual fará mais sentido para aqueles que se identificam, em alguma parte, com o paradigma energético. Contudo, aconselho que todos tentem e meçam os resultados, essa será a sua melhor régua para medir os êxitos do seu caminho mágico.

Esse ritual tem 2 partes, sendo que a 1ª tem como função que o magista elimine as energias negativas que estejam consigo, as descarregue no solo para que a nocividade, dessas energias, seja transmutada e deixe de causar incômodos.

Sendo que a 2ª serve para propiciar uma reenergização do magista por meio da essência telúrica da terra, passando pelos seus principais centros energéticos.

Aqui chegamos a um ponto importante: os centros energéticos do corpo. Várias culturas chamam de várias formas, usarei a nomenclatura mais comum e aquela que me sinto mais confortável em utilizar, Chakra. Em linhas extremamente gerais, e visando prática, o corpo possui 7 Chakras principais, que se distribuem ao longo da coluna vertebral, e mais 4 Chakras acessórios localizados nas palmas das mãos e na sola dos pés.

Enfim, vamos ao ritual em si. Considero ele bastante útil e prático, pois une a possibilidade de adaptação e dispensa de recurso materiais. Ambos pontos são interessantes aos neófitos a quem esse texto se destina.

Foto de Circle Creative Studio no iStock

O Ritual

Inicie procurando um local no qual você possa ficar alguns momentos afastado. O ideal seria um lugar onde seja possível colocar os pés no chão, sendo terra, grama, gramado etc. Todavia, dentro da dinâmica de uma sociedade majoritariamente urbana, busque ficar com os pés no
chão que estiver ao seu alcance.

Encontrado o local, permaneça em pé, com a coluna ereta e com os pés separados na largura dos seus ombros. Relaxe o corpo, feche os olhos e comece a acalmar seus pensamentos e controlar sua respiração. Aos habituados ao pranayama, faça a respiração baixa e sem retenções.

“Mas Frater Pedreira, eu não sei fazer esse troço, não terei acesso ao ritual?” Claro que não, jovem gafanhoto! Esse blog destina-se justamente a trazer as práticas para perto de todos, por isso vou te ensinar. Basicamente, passe a respirar de forma longa e profunda movendo o seu abdômen para fora quando inspirar, e para dentro quando expirar. Faça no seu ritmo e no seu tempo, a função é você relaxar.

Após adequar a respiração, feche os olhos e tome consciência do seu próprio corpo. Visualize que da solas dos seus pés são criadas raízes, que te ligam e tornam unido com a terra abaixo de você. Essas raízes se estendem por vários metros para baixo e para os lados.

Quando estiver confortável, visualize uma esfera acinzentada na sua cabeça, ela irá passar por cada parte do seu corpo acumulando e atraindo toda e qualquer energia negativa, deixe que essa esfera siga o ritmo dela, removendo tudo aquilo que não seja seu. O percurso dela deve terminar nos seus dois pés.

A esfera se divide no seus pés e se espalha pelas suas raízes indo em direção a parte mais profunda do solo. Sinta esse fluxo negativo abandonar do seu ser, ele foi encaminhado para terra, e lá será transmutado. Respire e sinta a leveza de ter se livrado desse fardo que te incomodava.

Agora iniciaremos a 2ª parte do ritual, mantenha a visualização de você enraizado no solo (praticamente um Ent do Senhor dos Anéis) e da mesma forma como a energia negativa foi dissipada, um fluxo de energia telúrica está vindo pelas suas raízes e se acumulando nas solas dos seus pés, a terra criou um canal energético com você. E esse fluxo é fluído e constante,
segue subindo pelas pernas e se encontra na base do quadril.

Seguindo o ritual, o fluxo energético chega ao seu Chakra Base e lá permanece o quanto você julgue necessário para deixar esse centro energético harmonizado. Visualize e sinta o fluxo energético passando para seus Chakras seguintes, conforme ele vai subindo pelo seu corpo. Passará pelo Chakra Sexual; Chakra do Plexo Solar; Chakra Cardíaco; Chakra Laríngeo; Chakra Frontal e por fim no Chakra Coronário.

Quando o fluxo atingir o topo da sua cabeça, ele irá se espalhar pelo seu corpo todo, levando toda essa sensação de bem estar a você por completo. Nesse ato você é uno com a energia da terra, e ela te alimenta energeticamente, aprecie esse momento o tempo que quiser, afinal,
ele é completamente seu.

Finalizado o ritual, volte as suas atividades rotineiras, sentindo-se descarregado, limpo e energizado.

Foto de James Wheeler no Pexels

Apontamentos importantes que acho útil compartilhar

O tutorial que passei removeu todo e qualquer laço devocional que algumas práticas orientais dão a ele, sendo que o ritual será efetivo com ou sem o fator devocional.

A visualização dos centros energéticos é extremamente livre. Claro que você pode buscar na internet ou em livros quais as cores e formatos de cada um dos Chakras segundo a tradição, porém nada impede que visualize esses centros da forma que te for mais agradável. Eles podem ser flores que desabrocham com o fluxo de energia, ou esferas que irão brilhar com a
sua cor mais intensa, ou até mesmo engrenagens que passam a girar de forma harmônica etc.

Seja criativo e busque o que faz sentido dentro do seu sistema de crenças

Agregue sensações a essa prática. Sinta a limpeza e o fluxo energético passar pelo seu corpo, tanto quando descarrega, quanto quando se energiza. Praticamos magia, é útil se encantar com a prática.

Realizar o ritual sentado, é possível sim, porém recomendo que seja feito em pé para que as solas fiquem em contato constante com o solo.

Fazer o aterramento em algum local da natureza será uma experiência excelente. Seja na terra, grama, pedra natural ou fluxo de rios baixos. É uma prática bastante ligada a natureza.

“Energias negativas” pode ser interpretado de forma extensiva, tente usar esse ritual para se livrar de ansiedade, receios, perturbações etc., e veja e tome nota dos resultados. Uso muito para me livrar de excesso de estresse no trabalho.

Frater Pedreira é um Comunista preso no mercado financeiro; Curandeiro energético; Hermetista que flerta com o Caos e Rosacruciano mal visto. Filho de Fé.

 

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